Soneto de devoção
Essa mulher que se arremessa, friaE lúbrica aos meus braços, e nos seiosMe arrebata e me beija e balbuciaVersos, votos de amor e nomes feios.Essa mulher, flor de melancoliaQue se ri dos meus pálidos receiosA única entre todas a quem deiOs carinhos que nunca a outra daria.Essa mulher que a cada amor proclamaA miséria e a grandeza de quem amaE guarda a marca dos meus dentes nela.Essa mulher é um mundo! – uma cadelaTalvez... – mas na moldura de uma camaNunca mulher nenhuma foi tão bela.
Vinicius de Moraes
quarta-feira, 3 de junho de 2009
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